a chegada do inverno se esconde
sob dias nublados,
noites de chuva; é preciso ter visto a neve,
ter sido as árvores desfolhadas
e a ausência das flores
pra saber que a morte é ponto –
e vírgula; a chegada
do inverno se esconde entre raios de luz
nos lençóis da cama, vozes
e café quente; é preciso ter sentido o peso
do vazio nas mãos pra descobrir
que a dor não é fria,
nem só o verão inevitável.
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