não há nada tão enganoso
quanto esse silêncio.
um de frente pro outro
comendo omelete e pão na
mesa da cozinha.
os olhos se evitando.
as bocas se resumindo a
mastigar.
não há nada tão doloroso
quanto esse silêncio.
esse silêncio amargo
de frases engolidas.
esse silêncio em que as
bocas não falam
e as cabeças fervilham.
esse silêncio de aço
e de tapar os ouvidos.
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