a sacada, o sofá. a caixa
de fósforos no trilho
da porta. a manhã ainda
escura. o silêncio
a chama. mais um dia.
dores de um mundo
em madrugada. janelas e
mais janelas desamparadas
o que resta de tudo isso.
do pó, do copo
da fumaça. de outra
aposta perdida. lembranças
abertas e um milhão de
coisas que não
valem nada. a caneta, o
caderno quase
em branco. o medo. a
ânsia por algum
entendimento. algum consolo.
um encontro
de papel. sensação sem
sentido. lições
de um mundo que sabe ser
frio, rancor
de quem não sabe perder.
é que também já
morri cem vezes, mas você
agora
cansou de voltar. e sinto
muito, e declaro cem
dias e noites de luto
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