quarta à
noite no mês
mais
quente em mais de cem anos
na capa
dos jornais
toneladas
de peixes mortos
florestas
em chamas
garrafas
de cerveja em falta
na pia da
cozinha misturo
vinho
branco barato com água
na cama
você pergunta
por que
nunca te chamo de esposa
na cama a
gente se toca
o
ventilador indo de um lado
pro outro,
o ar morno roçando
nos
corpos pelados
às oito o
celular toca
a manhã
quente e nublada
as
janelas cobertas
por um
lençol marrom
esposa,
amor da minha vida
digo em
silêncio
e preso a
essa pobreza
de ser
homem
levanto
pra lavar o rosto
e passar café
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