o ovo apunhalado
em guardanapos de papel,
mais que qualquer
pessoa, já se lhe tornou íntima a noção
todos os dias, febril
e meio pálida, ela espia os portões
do quartel por trás
das cortinas da janela do quarto pela manhã,
e meio pálida, ela espia os portões
do quartel por trás
das cortinas da janela do quarto pela manhã,
à espera.
em guardanapos de papel,
compõe versos tristes que ninguém lê
e em noites de lua cheia,
seu olhar anêmico corre atrás de alívio no céu de chumbo.
seu olhar anêmico corre atrás de alívio no céu de chumbo.
mais que qualquer
pessoa, já se lhe tornou íntima a noção
de um suicídio dramático
e marcante, lento
como um córrego de leite integral.