não
sei dizer se faz muito
ou
pouco tempo.
existe
algo na passagem dos dias
que
dilui a distância, embaça
as
diferenças. os mesmos nomes
se
sucedem e as mesmas sucessões
se
repetem, sempre na mesma
ordem.
uma cartela de remédio
depois
da outra. o alarme toca.
o
lixo cresce. a louça seca. as folhas
em
branco do caderno acabam.
o
vento ganha corpo e o frio
chega,
se instala. o mês avança.
a
solidão fica. o pó acumula,
se
espalha. a terça-feira termina.
a
vida não para,
mesmo
que não pareça.
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