conheço
as manhãs
melhor
que a mim mesmo.
as
vi concretizadas
atrás
de cortinas, cor
de
ressaca depois das dez.
as
vi através de para-
brisas
de caminhão,
longe
de casa, o asfalto
se
estendendo numa
reta
infinita. as vi
nascer
de dentro de noites
que
pareciam durar
pra
sempre, na época
em
que o tempo era longo,
borboletas
rompendo
casulos
quando
menos
se esperava.
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