cada
noite que passa nos deixa mais perto
do
aeroporto. há um ensaio de adeus
nos
corpos no escuro, nos olhos
fechados,
nas pernas pra fora do lençol.
há
uma sensação de perda na pia
do
banheiro, na água do vaso, na mesa
do
café da manhã. há um silêncio
cheio
de presságios no quarto vazio,
na
roupa jogada em cima da cama.
há
um prelúdio na acidez do estômago,
no
gosto ruim na boca. há uma
palavra
de consolo na ponta da língua
que
nasce morta.
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