dumbar,
tem dias que a minha voz
também
cai morta um passo além da boca.
a
chuva aperta e a gente lamenta
o
fim do carnaval, da ilusão de que ontem
duraria.
hoje, a gente liga o rádio
e
ouve a previsão do tempo.
você
diz que não sabe lidar com isso e o sinal
abre,
a chuva bate no para-brisa
e
você engata a primeira enquanto aperto
a
tua mão e murmuro um pelo
menos a gente aproveitou,
que
é só um outro jeito de dizer
eu também não.
Teus poemas me tocam fundo. Brigada.
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