a vida é um mar agitado. a gente
um barco sem remos. rápido, preciso
de uma dose de amor puro, sem gelo.
preciso arrancar o soluço, a bola
de feno entalada no fundo da garganta.
preciso silenciar as vozes alojadas
nos recantos da cabeça, aliviar o sufoco
e recolher os cacos do corpo espalhados
pelo chão da cozinha. preciso sair
logo do quarto onde os raros móveis
se alimentam dos meus pedaços,
restos de unha e farelos de pele
(migalhas de sonhos que escorrem
pelas paredes brancas).
de feno entalada no fundo da garganta.
preciso silenciar as vozes alojadas
nos recantos da cabeça, aliviar o sufoco
e recolher os cacos do corpo espalhados
pelo chão da cozinha. preciso sair
logo do quarto onde os raros móveis
se alimentam dos meus pedaços,
restos de unha e farelos de pele
(migalhas de sonhos que escorrem
pelas paredes brancas).
Nenhum comentário:
Postar um comentário