Enquanto o rio subia
através da janela a cidade respira um ritmo desmentido pelo quarto.
o silêncio, a madrugada adiantada e a falta de sono.
um sossego de apatia,
uma expressão inundada de vazio.
a cidade pulsa no ritmo das luzes, dos carros, do som isolado,
uma separacão de parede que não esquece o outro lado.
o murmúrio esconde o grito,
a tv não fala mais
e o progresso é a solidão entre 20 milhões de pessoas.
passos por segundo numa rua de teatro,
lembranças de um bairro que mudou.
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