dias sem nome, 2 mortos
e 1 condenado
e 1 condenado
segundas e terças
têm papel de outdoor.
na parada,
um homem gordo corta os tênis
atrás para servir.
atrás para servir.
o bêbado passa,
a garrafa na metade
e um charuto apagado entre os dedos.
o barulho do trânsito,
o sol quente que ninguém quer
e o cheiro de lixo
no ar.
dias sem nome, 2 mortos
e 1 condenado
por aqui nem sempre é notícia.
dias sem nome, 2 mortos
e 1 condenado
por aqui nem sempre é notícia.
o velho penteia os cabelos ralos
e cospe no chão.
eu incluso,
o mais normal entre nós
é o catador de papel sentado no cordão da calçada
a falar com o cachorro,
seu olhar
fixo no do animal.
o meu
mira o catarro do velho no chão,
brilhante na luz
como um cristal bonito.
como um cristal bonito.
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