o sono dos peixes
pessoas de terno e copos vazios de café.
te espero sair da aula escrevendo bobagens sem nexo
em forma de poemas
pra dizer que te amo,
que dor no pescoço
e que horas são agora?
como se fosse bonito ou importasse.
garranchos de caneta.
pessoas sentam e levantam
e eu observo.
olho a porta do elevador abrir, fechar.
vozes se cruzam e se confundem num ruído impossível,
um som chamuscado e alto
que parece fuligem.
que parece fuligem.
te espero sair da aula pra gente ir pra casa durmir
junto depois de comer,
você tomar banho e eu folhear o jornal
preguiçosamente,
de forma automática,
à procura de uma manchete que vire o mundo
de ponta cabeça
de forma automática,
à procura de uma manchete que vire o mundo
de ponta cabeça
ou de uma noite que não vire manhã.
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