Parapeito
Os olhos miraram através do vidroOs muros de pedra dos prédios; palavras escritas no teto,Outras janelas, luzes e azáleas,Sinais de vida em retratos de cera.Reflexos turvos no espelho,Páginas fechadas de um livro esquecidoDobradas na ponta como amor superado;Telhados e fachadas, vozes vindas do nada,As pessoas caminhando na ruaDaquí de cima parecem mesmo insetos.Transitórios e em constante movimento agoniadoPassando uns sobre os outrosComo se fosse para sempre, como se fosseA carne da rocha, severa e perpétua, ouO sangue das veias de um rio distante,CorrenteE agora sim para sempre.
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