lembro que naquela cidadehavia um campoe que em algum lugar do campohavia um poço.ninguém sabia exatamente ondeesse poço ficavapois a grama no campo era alta,densa.diziam na cidade que nos últimos anostrês pessoas haviam desaparecido.a história que circulavae de que alguém que passeava no campo,talvez até mesmo à noite,num passo em falso poderiater encontrado por acasoo poço escondido.
isso ocorrendo,o sujeito então desabavaem queda livre por metros e metrosde profundidade.talvez houvessem gritos,berros desesperados,mas esses ninguém nunca escutava.de repente um estrondo seco,o barulhoda carne contra a pedra.a sorte seria quebrar logo o pescoço,morrer de pronto,o azar seria quebrar apenas a pernae morrer aos poucos,lentamente agonizandoprostrado sobre os ossosde outros corpos putrefatose talvez, olhando para cima,pudesse ver mais uma vez,por entre as folhas finas da grama,um minúsculo ponto brancoque era a lua.
get up, put on your shoes, get / started, someone will finish (Diane di Prima, Revolutionary Letter #2)
quarta-feira, 6 de junho de 2012
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