como diz a
música,
estamos
todos presos
entre o
diabo e um mar azul.
a vida
segue,
o tempo
senta em mesas de bar
pra tomar
café e fugir do frio
(quando a
noite cai,
o ideal é
uma estação de trem).
na
vida, a pergunta que fica
é como
tanto pôde passar tão rápido.
mais uma
vez,
a tarde
morreu nas mãos do relógio.
na vida,
não se mede
anseio só
em maços de cigarro
ou recortes
de jornal.
mais uma
vez,
a tarde
morreu sob os trilhos
do trem
e ninguém ouviu.
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