Sem Perceber
Haverá vida na casa vazia
no fundo da horaquando a mesa da cozinhanão for olhada
por ninguém.haverá a luz da alvoradana contagem de um segundode um sol escondido.
Não haverá mais os olhose qualquer sopro será do ventoe ninguém há de contar o tempoou lembrar a contagem dos anos.
Haverá ratos na casa vazia
e no fundo das horasportas dantes silenciosasfarão as vezes das vozesda gente esquecida.
Haverá trilhos onde não corre mais nada
e estações abandonadas de trem
mas o soar de um sino
e a vibração das pedras no chão
serão apenas um sonho distante
que ninguém sobrou para sonhar.
Haverá retratos deixados para trásnas paredes agora sem tinta
e não haverá novo diamas sempre o mesmo dia sem fimsem ninguém para chamar de diaou lembrar que foi assim.
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