quarta-feira, 29 de maio de 2013

20 alguma coisa de maio


quase 7 da noite
e eu não tenho uma palavra que não seja esqueleto.
O Quarto de Harold Pinter não resolve o meu problema,
nem 2 copos de café com o estômago vazio.

o som das teclas de computador 
tripudia do meu bloqueio, do inútil de dias sem sequer 1 poema.
quase 7 da noite e eu não tenho nada pra dizer.
o refrão é uma técnica manjada.
a mão treme. 
o lápis cai.

O Garçom Mudo me olha de cima da mesa. 
“linguagem é precisão”, ele diz.
“não dá pra culpar sempre a saudade ou a falta de jeito”.
5 pras 7. 

o relógio anda em câmera lenta.
o mês que vem ficou preso no trânsito
e não deu mais notícias.

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