sexta-feira, 14 de agosto de 2015

dúvida




faz tempo que não escrevo.

me pergunto se é porque tenho andado feliz. 
se é só da tristeza que vêm as palavras. 
da solidão das noites ecoando nas paredes. 

do chuveiro pingando e eu acordado, 
vagando sem rumo pelos labirintos da cabeça. 
da certeza que amanhece na boca 

e o café não lava: a vida não dura. 
e ao longo dela a gente perde tudo que 
mais ama.