sexta-feira, 16 de agosto de 2013

recortes


presos entre o diabo 
e um mar azul, 

enquanto o tempo conta moedas 
e entra num bar 
pra tomar café e fugir do frio 

(pra dormir, o melhor 
é uma estação de metrô).

na vida, 
a pergunta que fica é como tanto 
pôde passar tão rápido

(mais uma vez, a tarde 
morreu nas mãos do relógio).

na vida, 
não se mede anseio só em maços
de cigarro 
e recortes de jornal

(mais uma vez, a tarde 
morreu nos trilhos do trem

e ninguém ouviu).

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