sábado, 25 de abril de 2015

o que sobra do amor




comendo uma torrada com requeijão
e olhando pra fora pela janela da varanda.
as andorinhas sobrevoando o topo
dos prédios. os cacos dos últimos meses

espalhados pelos azulejos. a mala aberta 
sobre a mesa. as lágrimas morrendo

antes de escorrerem dos olhos. isso é tudo
que sobra do amor toda vez. esse
gosto de poeira. esse aperto sem cura.


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