sexta-feira, 13 de agosto de 2010

em realidade...





datilografando palavras
ao passar dos pássaros,
o dia que vira tarde
que vira-se-tornará
noite.

copiando poemas ao vento falso
do ventilador;
falso-bem-vindo pois apesar de falso
é extremamente refrescante tal qual
o engano.

o que será do carnaval?
será festa ou solidão,
serão pessoas
ou poemas serão?
será alto estrondo
ou eterno silêncio?

na companhia de velhos poemas
busco em palavras a memória,
a foto que não tirei
e um coração que já outrora
batia descompassado,
descontínuo-inesgotável.

velhos poemas de uma vida
como as folhas ao vento
de uma tarde
cuja suave vontade invade,
sussurrando o que há de
com calma tornar-se,
ò mágoa lembrança,
mera tranquilidade.


(Berlim, 2008)

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