quinta-feira, 19 de setembro de 2013

pra nada


bloqueado por meses de sonhos que não lembro
em dias que esqueço se dormi

e que esqueço que escrevo.
os poemas já não vêm à noite, naquela hora

um pouco antes da inconsciência
total (1 min é suficiente pra repetir mais 3 vezes

na cabeça e gravar no peito, de onde sono nenhum arranca).

inspiração é uma palavra que um dia escrevi num papel,
pus onde não devia sem prestar atenção

e nunca mais achei (me acostumei
a ter algo que nunca foi meu).

nem verso nem voz me pertencem
e essa chuva que cai não serve pra nada.


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