sábado, 9 de novembro de 2013

quase dezembro


a chegada do inverno se esconde
sob dias nublados,

noites de chuva; é preciso ter visto a neve,
ter sido as árvores desfolhadas

e a ausência das flores
pra saber que a morte é ponto –

e vírgula; a chegada
do inverno se esconde entre raios de luz
nos lençóis da cama, vozes

e café quente; é preciso ter sentido o peso
do vazio nas mãos pra descobrir

que a dor não é fria,
nem só o verão inevitável.

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