sábado, 19 de fevereiro de 2011

entre um ser e o tempo





o tempo é o único juíz;
se volta é porque nunca foi.

como o amor que esqueceu de sentir
quando o cigarro insistiu apagar.

nessa noite esquecida na varanda,
sentado em sofá de segunda mão,
a chuva cai fraca quase sem molhar.

melhor é ter tido a certeza da dúvida mais cruel
do que o não saber nunca o que é.

sem adeus, sem até logo que esquente a garganta
que o frio do inverno arremeteu.

lembrança, não encontrei nada que substitua a lembrança;
memória agúda de um gosto estranho,
lábios de cor do infinito.

se fica é que vai ser pra sempre.

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