sábado, 12 de fevereiro de 2011

mais nada


bloqueado por meses de sonhos que não lembro
em dias que esqueço se dormi

e que esqueço que escrevo.
os poemas já não visitam à noite, naquela hora

um pouco antes da inconsciência total,
1 min suficiente pra repeti-lo mais 3 vezes

na cabeça e gravá-lo no peito, de onde sono nenhum arranca.

inspiração é uma palavra que um dia escrevi num papel,
pus onde não devia sem prestar atenção

e nunca mais achei.
me acostumei a ter algo que nunca foi meu.

nem verso nem voz me pertencem
e essa chuva que cai não serve pra nada.

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