quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E eu assim ví que vivia







Não sei
o que fui,
o que sou
e o que serei;

Não sei se fui
porque fugi
e se fugi
porque te amei;

Não sei se fico
ou se vou
e se algo
aquí restou;

Não sei se torno
ou deixo ser
e se tento
em vão viver;

Não sei se me volto
ou deixo estar
na ilusão
de te encontrar;

Não sei se
sentí muito
ou se sentí demais,
mas as vezes eu sinto
que já não posso mais;

Não sei de nada
e nunca soube,
mas sentí sempre
um pesar estranho;
um emaranhado de insolúveis dúvidas
a me invadir durante o sonho.

Me doeu sempre a vida
e me doeu demais viver;

Me doeu ao ver o mundo
e eu a ele pertencer.

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