quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E eu na aula






a gastrite,
implacável,
corroe o estômago
de dentro pra fora
numa dor que
de tão aguda
se torna insuportável;

no ápice da ardência
tem-se vontade de tudo largar
e apenas atirar-se ao chão,
a rolar,
gemendo e gritando
em meio a considerações de morte.

Ai! que dor, Ai! que dor
mais arrebatadora, que tudo ignora
e faz com que eu
tudo passe a ignorar,
deixando em meu âmago
apenas ela a ecoar, absoluta:

a dor, a dor profunda
dessa gastrite absurda.

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