sábado, 13 de fevereiro de 2010

Remoendo o passado II





No meio da madrugada desperto suado, suando. Calor abafante numa madrugada de chuva, raios e trovões. Tiro a camisa e ligo o ventilador. É inverno, mas algo no meu sonho esquenta - e meu corpo logo responde. Já demanhã não mais chove, mas tem cara de chuva, cara fechada. Sento em frente ao computador com a minha caneca de café. Cena que se repete. A tristeza em mim se diluiu um bocado, e eu hoje sinto a alma um tanto mais leve, mais solta. Hoje provavelmente começo a leitura de um livro da Clarice, apesar de ainda sentir uma certa vontade de já me lançar de cabeça em Brothers Karamazov. Talvez eu precise de um breve descanço psicológico da literatura russa, tão bela e tão desgastante, sempre à beira da loucura. Covardia ou bravura?
Provavelmente me preservando, me afastando um pouco do quase inevitável, do bem provável,
leia-se na verdade - insanidade.

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