terça-feira, 14 de setembro de 2010

Título





Nas luzes de agosto
cada coração é nada
que não outro caçador solitário;

Contos de uma ordinária loucura,
de um sonhador, sonhando
enquanto eu deito morrendo.

O duplo se esconde por entre
notas do subterrâneo
e os anjos do inferno
perguntam ao pó
enquanto aguardam pelo grande sono.

Ressurreição de um blues infinito
imersa na ausencia do herói,
em porções de um caderno
com páginas manchadas de vinho

Tudo isso a sangue frio.

De ratos e homens
a terra desperdiçada,
tudo é guerra o tempo todo,
um longo e doloroso adeus.

Sentimento do mundo,
memórias e sonhos e reflexões,
frutos da discórdia
por quem agora os sinos dobram,
por quem o sol ainda levanta.

A noite se torna insana
pelo som de passos no chao;
gritos do balcão
queimando n'água, afogados em chamas

Tudo isso é som e furia.

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