quarta-feira, 6 de outubro de 2010

anoitecer distante







eu sinto
mas não ouço -
as vibrações que vêm da terra.

mas eu vejo
o céu baixo
e as estrelas caindo
por entre as árvores
e uma névoa de tempestade
que ainda nem nasceu;

e só deus sabe o que sou eu -
perdi meu nome no caminho do ônibus,
já não tenho identidade
nem me recordo da idade
ou do nome da última cidade
em que cruzei com teu sorriso.

perdi tudo,
e absolutamente dissolvido na vida -
recuperei de volta o mundo.

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