sexta-feira, 28 de outubro de 2011






Me recuso a aceitar o fim do homem.
Acredito que ele não só sobreviverá
mas que ele há de prevalecer. Imortal,
não porque ele sozinho, dentre todas as criaturas,
possuí voz inextinguível, mas porque possuí alma,
um espírito capaz de compaixão, sacrifício
e acima de tudo de resistir. O dever do poeta, do
escritor, é o de escrever sobre isso.
É seu privilégio fazer com que o homem possa resistir
elevando o seu coração, lembrando-o de sua coragem
e sua honra e esperança e seu orgulho e
compaixão e piedade e sacrifício,
marcas de toda glória de seu passado.
A voz do poeta deve ser mais que um testemunho,
deve ser um pilar, uma única última estrutura
que ajude o homem a resistir a qualquer custo
e enfim prevalecer, eterno.




William Faulkner






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