quarta-feira, 13 de março de 2013

deboro


cada vez que penso em pôr 1 verso
meu ali,
descubro outro melhor:
de oswald, eliot ou bukowski——
e desisto cada vez mais.

mas todo poema é uma cópia mal
feita de outra coisa;
um tecido de citações, como diria
barthes.

de sonhos, semiadormecido,
roubo palavras inexistentes que surgem
em capas de livros que nunca vi,
tipo deboro,

e até os travessões eu copio——
num site da internet, 
do poema de williams, "To Elsie".

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