quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

espero para ver
(segue alguns poemas antigos que achei)




eu espero pra ver
o que vai ser

daquelas ruas à noite
e de todas as andanças
por elas madrugada a dentro;

de todos aqueles postos
de gasolina,

das garrafas enfileiradas,
vazias,
sem mais nada dentro;

pra ver o que
vai ser
de toda a chuva
que caiu,

do ônibus que corta
a 3ª perimetral
a mais de 80 por hora,

do maço de cigarros
que eu acabei mesmo assim
comprando;

vai ser o que
daquela vez
que eu quis te ver?

dos túneis, das pistas,
dos muros, dos prédios,
dos murros, do tédio,

de tudo que é sério;

eu espero pra ver
o que é que
vai ficar,
o que é que vai ser
se eu não souber segurar.





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