segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Manhã de Domingo






o mato
não é cheio se abraço
não surge em fumaça.

o chão duro não é sono
se é visão de lagarto
sem travesseiro.

o dia nasceu cedo, seis
da manhã. campo frio,
fogo quase morto.

fogo avivado, água
ferveu rápido na chaleira.

corpo atirado em cadeira de praia.

livro aberto, o ciclo,
a vida passada a limpo.

abatimento na falta de sinal.

tristeza na lonjura.

alegria
na vida imperfeita.

os dias passam
como ar em cataventos.

saudade do que há em casa
em forma de amor.

ninguém acordou para ver
ou conversar sobre a vida.

existe um poeta feliz?

há coisas demais sobre a mesa?

não há vontade
nos meses porvir.

o mato
não é cheio se abraço
deseja muito mais que isso.




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