sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ostranenie




nunca achei que fosse amar assim
um monitor.
que fitaria com o mais sério dos olhares
a menor das lentes.
que viveria pra ver um sonho virar verdade
e as horas passarem
sem rastro de cinzas.
que crescer fosse coragem de pôr
abaixo—as certezas mais cômodas.
que noites em postos de gasolina
fossem mais felizes sem cigarro
ou cerveja—mas com pães de queijo
e café com leite
da loja de conveniência.


                                                      

Nenhum comentário:

Postar um comentário