sábado, 27 de março de 2010

Mas não por 6 meses no Alasca







fito a lâmpada laranja
no teto cinza áspero
do meu quarto branco.

penso em poemas passados,
em amores não realizados,
em amores perdidos
e versos que mantenho escondidos.

sinto a noite escura,
a récem chegada noite curta
que nunca dura o bastante,
mais cedo ou mais tarde
dá lugar ao sol quente,
a um novo dia de novo,
de novo, tudo 
de novo.

sorvo a brisa da noite em suspiro,
a sossegada tristeza do assobio lento
do respiro do vento no espaço vazio
que passa sem dizer nada, não perturba
e não abala;

o mal da noite é que ela passa,
não apaga
mas acaba.

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