segunda-feira, 8 de março de 2010

Pouco mais de 1 ano







quantas noites sozinho
em um quarto pequeno
de hotel barato;

qualquer cidade distante,
longe de tudo,
longe de nada.

a sensação pesada
da mais absoluta solidão,
de exílio,
de inconsciente martírio
e inconsolável lamento.

deitado
olhando fixo pro teto
procurando por Deus,
por alguma resposta,
por alguma visão
ou rascunho
de eternidade.

silêncio completo
não fosse o mar morto
de palavras, idéias
e imagens revoltas, absurdas,
no qual a cabeça
sempre se afunda.

noites passadas,
sensações ainda tão vivas,
presentes,
encrustradas pra sempre
no fundo do coração que as sente.

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