quarta-feira, 31 de março de 2010

Quando esperei pela chuva






ontem enfim choveu.
choveu forte,
constantemente;
começou de madrguada
e choveu o dia inteiro.

o que atormenta no presente
é o que atormentou sempre
desde que me entendo
como ser consciente.

o tempo trouxe maturidade
e crescimento intelectual;
trouxe experiência direta
e a tristeza do entendimento conceitual.
não trouxe remédio
nem tão pouco trouxe sossego.

o que era imagem abstrata
virou vã tentativa de razão,
virou mas não deu vazão
ao sentimento que no peito
é e sempre foi o mesmo.

ontem o sono veio cedo,
veio calmo, veio sereno.
foi o ruído seco da chuva,
o olhar pela janela
e ver à noite o céu sem lua.

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