quarta-feira, 20 de junho de 2012

Saudade




a
porta 
abre,
a asa
voa,
o vale
sobe,
desce,
some.
a sala
roda,
o rio
nasce,
não morre.
o mar
bate,
a brisa
sopra,
o silêncio
sabe,
o sal
se forma.
o fundo
toca
o topo
do inverso
do inverno
que passa
pela porta
que fecha
e encerra 
a tarde
no céu cinza da cidade.

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