On a Portrait

 

Among a crowd of tenuous dreams, unknown
To us of restless brain and weary feet,
Forever hurrying, up and down the street,
She stands at evening in the room alone.

Not like a tranquil goddess carved of stone
But evanescent, as if one should meet
A pensive lamia in some wood-retreat,
An immaterial fancy of one's own.

No meditations glad or ominous
Disturb her lips, or move the slender hands;
Her dark eyes keep their secrets hid from us,
Beyond the circle of our thoughts she stands.

The parrot on the bar, a silent spy,
Regards her with a patient curious eye.

-T.S. Eliot 

 

Entre uma multidão de tênues sonhos, alheia
A nós de cérebros inquietos e pés cansados,
Correndo as ruas de cima a baixo, sempre apressados,
Ela permanece à noite no quarto sozinha.

Não como a estátua de uma deusa tranquila
Mas evanescente, como encontrar um monstro
Pensativo em um recanto no meio do mato,
Uma fantasia particular sem consistência.

Nenhum pensamento alegre ou funesto
Perturba seus lábios, ou agita as mãos esguias;
Seus olhos negros mantêm o segredo oculto,
Ela se encontra além do raio das nossas ideias.

O papagaio na vareta, um espião silencioso,
Considera-a com um paciente olhar curioso.