terça-feira, 13 de março de 2012









Bixby's Landing
(poema traduzido)




Eles calcinavam o calcário na colina e o apeavam até aqui com um vagão
Que ia por um longo cabo; aqui os navios foram rebocados
E os esforços dos motores aliviados, a água é profunda até o penhasco. O vagão
Paira na metade do caminho sobre a boca do desfiladeiro,
Situado como a estrela polar à cima do topo das sequoias, um poleiro de ferro
Para os pequenos falcões vermelhos quando interrompem seu volteio,
Quando capturam a presa; a teia das aranhas grudadas nas polias enferrujadas.
Os operários se foram, mas que bela multidão
Está aqui como recompensa: a pedra coberta de líquen, as favárias de pontas rosas,
As constantes vozes do oceano, o espaço iluminado pelas nuvens.
As fornalhas na colina estão frias, mas aqui na ferrugem do tacho quebrado
Velozes lagartos se acendem, e uma cascavel verte
Na fenda da cantaria, sobre os tijolos-refratários esfarelados. Na madeira apodrecida
E nas plataformas descobertas todas as companhias
De gramíneas ao vento possuem raízes e produzem grãos; o trigo-sarraceno floresce
No corpulento calcário abandonado ao tempo pelos tambores arrebentados.
Dois falcões peregrinos lançando-se ao céu de seu ninho à beira do abismo são a voz do Pontal.
Solidão de coração aquecido, como pelo vinho,  nossa mãe a imensidão selvagem,
Os fracassos dos homens são por vezes mais belos que seus triunfos, mas os vossos retornos
São ainda mais preciosos que vossa presença primeira.





- Robinson Jeffers



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