domingo, 4 de março de 2012

"Para sobreviver, cada sentença deve abrigar, em seu coração, a fagulha de uma labareda, e isso, qualquer que seja o risco,
o romancista deve arrancar das chamas com as próprias mãos.
Seu estado, portanto, é um tanto quanto precário. Ele deve se revelar à vida; ele deve se expor ao perigo de ser desviado e enganado por sua sagacidade; ele deve se apropriar de seu tesouro e deixar que seu lixo seja despejado no esgoto.
Mas em determinado momento ele deve abandonar companhia e retroceder, sozinho, àquele misterioso quarto no qual seu corpo é endurecido e transformado em permanência por processos que, se por acaso iludem os críticos, para ele reservam a mais profunda fascinação."



-Virginia Woolf's essay "Life and The Novelist", from "Granite and Rainbow".

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