segunda-feira, 12 de março de 2012


 Carmel Point
(poema traduzido)




A paciência extraordinária das cousas!
Esse lindo lugar mutilado por uma safra de casas suburbanas-
Quão belo quando pela primeira vez contemplamos,
Contínuo campo de lupino e papoula emparedado por limpos rochedos; 
Sem qualquer intrusão além de dois ou três cavalos pastando,
Ou uma porção de vacas leiteiras esfregando os flancos 
Contra a superfície visível do leito rochoso-
Agora veio o estraga-prazeres: ele se importa?
Nem vagamente. Tem todo o tempo. Sabe que as pessoas são uma maré
Que cresce mas que a tempo desce, e todo 
O seu trabalho desvanece. Enquanto isso a imagem da prístina beleza
Vive no próprio grão do granito,
Seguro como o oceano sem fim que escala o nosso penhasco- Quanto a nós:
Devemos descentrar nossas mentes de nós mesmos;
Devemos desumanar nossas visões um pouco, e nos tornar decididos
Como a rocha e o oceano dos quais fomos feitos.



- Robinson Jeffers

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